Fábula: A escalada e a metamorfose.
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Em Belo Horizonte pegamos um ônibus que seguia à noite para Manhumirim, ainda pela madrugada já havíamos chegado ao Terminal Rodoviária da pequena cidade, algo parecido com um mercado, que por sinal ainda estava fechado. Sentamos na guia da calçada atrás de uma banca de jornal, pois ventava muito, faltava só uma garrafa de cachaça para sermos confundido com os bebuns locais! Eles vinham de algum rodeio, eu imaginava isso, porque atravessavam a avenida com roupa de caubói: Botas, cinto, chapéu... Vinham bêbados, cantando músicas de Chitãozinho e Xororó, nos olhava com estranheza, como se fossemos uma metamorfose ambulante, sentados ali no chão e seguiam seu caminho. Até que amanheceu, o Terminal abriu e compramos uma passagem para o Alto do Caparaó.